segunda-feira, 19 de junho de 2017

Dados comparativos da saúde pública do Maranhão

Saúde, investimento inestimável

Carlos Lula, Secretário de Saúde
Por Carlos Lula
Secretário de Saúde do Estado do Maranhão
No Maranhão, nunca se investiu tanto em saúde pública. Dados comparativos dos doze últimos anos indicam que, entre 2005 e 2016, os investimentos nessa área aumentaram em quase cinco vezes. Foi um salto de R$ 442.486.427,11 para R$ 2.015.205.683,12, fazendo de 2016 um ano marcado como o período de maior investimento na história da saúde do Maranhão. Essa é uma conquista que merece ser destacada, principalmente diante do contexto de crise nacional.
Enquanto muitos estados estão sendo obrigados a fechar unidades de saúde, só no ano passado, entregamos cinco hospitais macrorregionais (Pinheiro, Caxias, Santa Inês, Imperatriz e Bacabal), que, juntos, atendem à população de 142 municípios, diminuindo a histórica procissão de ambulâncias para a capital do Maranhão. Também inauguramos em 2016 o Centro de Especialidades Médicas de Barra do Corda e o Centro de Referência em Neurodesenvolvimento, Assistência e Reabilitação de Crianças (Ninar), que oferece acompanhamento especializado a crianças com microcefalia e outros problemas neurológicos.
Mas além de infraestrutura, os investimentos também permitiram a expansão dos serviços, especialmente da assistência especializada. Ampliamos, por exemplo, o atendimento oncológico – com convênio com a Oncoradium em Imperatriz – estendendo o tratamento a pacientes do sul do estado. Com entrega da Casa da Gestante, Bebê e Puérpera (CGBP), anexo do Hospital Regional Materno Infantil (HRMI), em Imperatriz, intensificamos também na região tocantina os cuidados na área materno-infantil.
Estamos fazendo mais com menos. E não há contradição, uma vez que com um novo modelo de gestão, administramos uma rede bem maior com muito mais eficiência, com dois pressuspostos: o aumento da transparência, que nos ajuda a combater os desvios, e o combate ao desperdício. Esse novo modelo de gestão é caracterizado pela redução gradativa dos gastos com Organizações Sociais e sua substituição por uma empresa pública, a Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares (Emserh).
O modelo de gestão hospitalar da Emserh, que já gerencia 70% das unidades estaduais, permitiu uma economia de 15 a 20% por equipamento de saúde em comparação com a gestão das Organizações Sociais. A redução dos custos foi conquistada através de organização dos processos de trabalho e, de modo algum, por qualquer diminuição que prejudicasse a oferta de serviços. Um exemplo dessa organização que resultou em economia diz respeito à implantação, nas farmácias de unidades estaduais de saúde, de um processo chamado lista de medicamentos para remanejamento, que controla melhor o acesso e a entrada e saída de medicações. Medida simples e eficaz.
Com esse novo modelo de gestão e otimização dos recursos, o antigo cenário da rede de saúde no estado vem sendo transformado. As melhorias na oferta de serviços, especialmente pelo interior do estado, resultam do compromisso do governador Flávio Dino, firmado com o povo maranhense, e da promessa de um Maranhão melhor para todos. Não para uma minoria sempre privilegiada, que vocifera contra a mudança de modelo de organização de saúde, mas para todos.
Ainda há muito a avançar e muitos programas e equipamentos de saúde a serem entregues à população. Só em 2017 teremos diversas inaugurações de novos serviços, a exemplo da Casa de Apoio Ninar, dos Centros de Hemodiálise e do SORRIR, inovação em atendimento odontológico. Mas todos com um pressuposto claro: a reorganização da rede de saúde do estado continuará acontecendo, tendo como fundamento a eficiência da gestão. Não é mais possível perder tempo com debates infrutíferos que não pretendem ver avançar nossos indicadores de saúde. A população não os aceita. Chegamos ao Século XXI, atrasados e com pressa. E é com esse sentido de urgência que devemos pautar as ações futuras.

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